sábado, 15 de janeiro de 2011

Diz-me …

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Tenho visto o teu rosto... e estás só
Quero que saibas que nunca vais estar sozinha
Sabe bem ter-te por perto
Confesso que não sais da cabeça
Mas eu te seduzo…
A nossa vez há-de chegar
As nossas mãos vão se unir
Não tenhas medo do que há-de vir
Para alcançar o coração
A vida passa tão rápido
Para os segredos que permanecem
Logo o futuro se torna o passado
Como a noite se torna em amanhecer
Um dia serei um anjo
E farei a seta bater-te no peito
Ou o diabo serei
E faremos o crime perfeito
Sonhei na noite passada que fizemos amor
Na doce languidez de um grande abraço...
Eu traço o caminho da boca
Te comer como uma maça que se morde e se larga
Corpo ardente em desejos de tocar-te
Nas minhas mãos te desenho o caminho
Com as pontas dos dedos te toquei te perturbei
Na quietude de teu colo ainda quente do prazer
Nós demos tudo para amor.
Oscilar, como os barcos a deriva, as canoas
Como o vinho embriaga,
Se embebedar, como um tango, balançar se derramar
Cair, como o pássaro que é levado por grandes ventos
Vento que chama por nós
E quando amanhece sei sempre onde estou
E tu também vens
Também podes vir...
Esquecidos da vida não nos vão encontrar
Nós deixamos o mundo
Eu vou te dizer as palavras
Por mais que a procurem...
Eu vou te ensinar o amor
E sou eu que decido
Que te levo, que te guio e disponho de ti
Um milhão de sonhos que tenho sonhado
Em cada um deles
Eu vou te dizer as palavras
Que o amor continua
Por toda página que nós viramos
Cada lição que nós aprendemos
Mas o amor é certo e nunca errado
Tens que viver cada dia
Como se fosse o único…
Diz-me …
E se o amanhã nunca vier?

1 comentário:

Saphira disse...

E se o amanha não vier...

Devemos viver cada dia intensamente como se fosse o ultimo.

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