segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

“Come-me sem pressa”

Ainda me lembro dos meus tempos de menino, 
Eu era jovem e tímido demais 
Nesse tempo 
O sexo era para mim um grande mistério, 
E tudo um grande segredo 
Então, Serenamente, 
Levavas-me para o teu quarto num gesto delicado 
Vinhas aconchegar-me nos teus braços 
E, como quem beija ou acarinha um filho, 
Lentamente … despias-te naturalmente 
Expondo-te pouco a pouco 
Aos meus olhos atónitos, 
Esse mistério novo, 
No silêncio longo dum profundo olhar, 
Sentia um impulso, um desejo. 
Tentava mas, 
Não fazia a menor ideia 
De como controla-lo, 
Como resolver aquela excitação 
Nos mais variados instantes 
Em pensamentos libidinosos. 
Danço a morte da fome... 
Foste aquela que me acolheu por dentro 
Dedilho suas tentações com a mão nos teus seios 
Te dedico o meu saborear, 
Degusto por centímetros, 
Ardor de dois em um... 
Corpos sedentos, 
No delírio da presa me pedias bem baixinho 
“Come-me sem pressa” 
No cheiro doce do teu corpo, 
Saciávamos a angústia a nossa partilhada 
Eu sou aquele que te ouve os segredos 
E te provoca em mistérios antes do dia nascer... 
Realizo-me CAÇADOR!

2 comentários:

Amadaeabandonada disse...

Gostei...

Soul Moon disse...

Gostei de voltar a ver "vida" por aqui.